"Mas ande otro criollo pasa
Martin Fierro ha de pasar;
nada lo hace recular
ni las fantasmas lo espantan
y dende que todos cantan
yo tambien quiero cantar."
(Martin Fierro, José Hernandez)
Martin Fierro ha de pasar;
nada lo hace recular
ni las fantasmas lo espantan
y dende que todos cantan
yo tambien quiero cantar."
(Martin Fierro, José Hernandez)
Enquanto espero a água ferver
E faço o topete verde no porongo
O olhar do gaudério se vai, longo
Bombeando o horizonte da cidade
Com o pensamento em outra idade
Talvez na época da infância,
Onde vivia campante na estância
Levando vida de peão
Escaramuçando redomão
Acordando antes do sol repontar
E vestindo a pilcha rudimentar
Para saborear o amargo chimarrão.
É cedo, o sol ainda descansa
Mas é hora de acordar o peão
Pra se reunir no galpão
E tomar o amargo recém cevado
Aqui não precisa ser convidado
Basta puxar um banco e se achegar
Pra se reunir e charlar
Antes de empeçar a lida bruta
Esta constante luta
De um vivente dos arreio
Que se sustenta neste meio
De tropeada e reculuta.
No retorno da lida
Quando os campeiros apeiam,
Desencilham e se bandeiam
De volta ao velho galpão
Para tomar seu chimarrão
Como se fosse um preparado
Que serve de costado
Enquanto a bóia é arreglada
Pra matar a fome da peonada
Que volta cansada de lidar com o gado.
Mas, de repente, eu retorno
E me dou conta que to noutro mundo
Aqui não tem campo, ou açude fundo
Fico mirando o firmamento
Da sacada do meu apartamento.
Mas meu mate, que me acompanha
Faz eu recordar daquela campanha
Que me criei desde guri
Torrão crioulo onde nasci
E que me viu crescer.
Por uns momentos pareço ter
A minha infância de volta, aqui.
E faço o topete verde no porongo
O olhar do gaudério se vai, longo
Bombeando o horizonte da cidade
Com o pensamento em outra idade
Talvez na época da infância,
Onde vivia campante na estância
Levando vida de peão
Escaramuçando redomão
Acordando antes do sol repontar
E vestindo a pilcha rudimentar
Para saborear o amargo chimarrão.
É cedo, o sol ainda descansa
Mas é hora de acordar o peão
Pra se reunir no galpão
E tomar o amargo recém cevado
Aqui não precisa ser convidado
Basta puxar um banco e se achegar
Pra se reunir e charlar
Antes de empeçar a lida bruta
Esta constante luta
De um vivente dos arreio
Que se sustenta neste meio
De tropeada e reculuta.
No retorno da lida
Quando os campeiros apeiam,
Desencilham e se bandeiam
De volta ao velho galpão
Para tomar seu chimarrão
Como se fosse um preparado
Que serve de costado
Enquanto a bóia é arreglada
Pra matar a fome da peonada
Que volta cansada de lidar com o gado.
Mas, de repente, eu retorno
E me dou conta que to noutro mundo
Aqui não tem campo, ou açude fundo
Fico mirando o firmamento
Da sacada do meu apartamento.
Mas meu mate, que me acompanha
Faz eu recordar daquela campanha
Que me criei desde guri
Torrão crioulo onde nasci
E que me viu crescer.
Por uns momentos pareço ter
A minha infância de volta, aqui.
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